
Já comecei a falar do Mundo das Maravilhas há muito tempo, desde que era criança e tinha Alice no País das Maravilhas como desenho predileto, que assistia todo dia, ao voltar da escola. Essa semana, em especial, quis voltar a falar dela, devido à estréia do filme com direção de Tim Burton. Assim, comecei a divagar sobre ela no outro blog, como podem conferir, e agora venho aqui, falar mais e mais. Mas vou deixar a Alice de lado só por hoje, e me focar apenas no País das Maravilhas, no meu. Aquele que cultivo no meu imaginário desde criança, e que o filme dava asas para voar.
Nesse mundo só meu, as flores não morrem, e não falo das de plástico. É sempre primavera, o amor tem sempre a porta aberta e nosso futuro sempre recomeça. Em todas as mesas, há pão, e no chão, flores enfeitando os caminhos e os destinos. No meu País das Maravilhas, os índios não são mortos para ganharmos um milhão, e todas as crianças têm educação. Ano de eleição é festa, mas não devido ao Brasil ser Hexacampeão: a democracia acontece em seu esplendor, e bons tempos se iniciam com alguém a acabar com a corrupção, a trazer progresso e honrar cada frase do nosso hino e cada voto de gente honesta, que o fez ganhar o poder da nação.
No meu País das Maravilhas, notícia de jornal é ação altruísta pelas crianças com fome na África, cura de doença terminal, fim das secas no nordeste, camada de ozônio regenerando, capitalismo se modificando, para não haver tanta competição, e assim, todos progredirem juntos.
País das maravilhas, ou Mundo das Maravilhas, é todos terem a arte de viver da fé, sabendo muito bem que um só Deus ao mesmo tempo é três e esse Deus será idolatrado por nós, porque é justo deixar um Deus feliz.
Utópico seria não haver solidão, soberba, ira, avareza. E dos pecados que existem, se só restasse gula por caridade e preguiça de desvio de verba. Graças a Deus, sonhar ainda é de graça, e que sonho louco meu lado Alice alimenta no meu imaginário, nesse mundo com flores gigantes, casas de chocolate e um pólo norte todo de sorvete. Onde os bichos falam conosco, entendemos seus sentimentos e os tratamos dignamente. Onde podemos ouvir da lagarta, suas lições antes dela virar borboleta, e aproveitar suas últimas 24 horas de vida voando pelo infinito azul. Onde podemos ver gatos sorrindo e desaparecendo, onde coelhos dizem que ainda é cedo, cedo, cedo, cedo, cedo...Para desistir dos nossos sonhos. Onde chapeleiros malucos comemoram o desaniversário de todos os excluídos, e uma xícara de chá seja ofertada a todos que tem fome.
Eu quero mudar o mundo, e me acho pretensiosa demais por isso. Mas ser despretensioso não leva a nada. Quem me dera ao menos uma vez, existir um cogumelo que nos faça crescer e diminuir! Crescer como seres humanos, como bons espíritos, livres e que não deixam nada lhes possuir. Diminuir o medo que escorre entre nossos dedos e o fracasso que de vez em quando, nos sobe à cabeça. Essa é uma parte do meu País das maravilhas, que seja sonho ou fantasia, somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter. E sonhos vem, e sonhos vão, e o resto é imperfeito. Venha sonhar nesse mundo, que o que vem, é perfeição.
By Nine
